Em meu trabalho, busco trazer poder ao corpo negro utilizando a indumentária das religiosidade afrodiaspóricas. Esse exercício é uma referência a história da fotografia, quando fotógrafos utilizavam o modelo carte-de-visite para retratar a aristocracia da época. As roupas da aristocracia, aqui, são traduzidas enquanto baianas e alakás. As jóias? De crioula. A tez? Escura. Imponência. Riqueza em símbolos marginalizados. Memória deve ser mantida, memória deve ser criada. Nesse ensaio, trago os dois ventres que me deram vida. Minha avó, uma mulher negra retinta iniciada para o orixá Exú; e minha mãe, uma mulher negra de pele clara iniciada para a deusa Oxum.